O clássico “Holiness: Its Nature, Hindrances, Difficulties and Roots”, escrito pelo bispo anglicano John Charles Ryle (1816-1900), foi publicado em 1879, mas nunca foi tão atual. Os padrões de santidade pessoal nunca foram tão baixos como hoje, a Igreja nunca foi tão compactuante com o mundo como agora, portanto, urge um clamor por santidade, e o livro do bispo Ryle é esse clamor. A cada dia uma nova moda surge; um novo modelo de igreja (para surfistas, para gays, para roqueiros, para a elite), cada um desses modelos se defende dizendo que é uma contextualização do evangelho, e que os modelos antigos já não fazem mais efeito. Nessa “contextualização” se vai doutrinas capitais do cristianismo histórico, e o comportamento que antes era o padrão dos cristãos, é visto e denunciado como retrógrado, ou fanático. O correto para muitos é andar ao sabor do tempo, cumprindo as regras da sociedade vigente.
Mas, quando olhamos as Escrituras notamos que quem anda segundo o curso do mundo são os sem Cristo (Ef. 2.1-3); que ser amigo do mundo é ser inimigo de Deus (1Jo. 2.15-17), e que a vida do cristão deve ser caracterizada por ele não ser do mundo (Jo. 17.14), e essa separação do mundo pregada pela Bíblia chama-se santidade, condição sem a qual ninguém verá o Senhor.
Por entender a necessidade do tema para o cristão, a Editora Aliança oferece a você esse manual de estudos para Escola Dominical baseado no clássico livro de Ryle. Agradecemos a Editora Fiel por nos ceder os direitos de usar o texto, e esperamos que esta revista seja uma renovação em sua vida, e em sua igreja.Adquira nossa revista para Escola dominical, leve o clássico de Ryle para sua igreja e seja ricamente abençoado com seu estudo, são 17 lições (no minimo um quadrimestre) que vão enriquecer seus os alunos. Enviamos para todo Brasil.
O filósofo René Descartes afirmou que somos coisas que pensam[1], esse pensamento influenciou nossa visão contemporânea do que é o ser humano,sendo assim, somos apenas um “cérebro que anda”, mas será que somos somente isso?
Santo Agostinho, argumenta que somos seres que amam(para saber mais sobre isso leia esse texto), por isso, nao cessamos de amar objetos, pessoas ou planos, por nenhum instante, o que fazemos é apenas substituir um amor, por outro amor maior, e assim infinitamente, essa é a sina do ser humano decaído da graça. Até que ele se depara com o amor maior, o amor a Deus, e descansa nEle.
Essa visão de Agostinho, nos ajuda a retirar a compreensão de Descartes acerca do ser humano, de que somos um ser pensamente que carrega um corpo, ou seja, um cérebro ambulante, que é totalmente racional e suas emoções devem ser descartadas.
O que a ciência contemporânea tem descoberto, é que somos mais emocionais do que imaginávamos.Por exemplo, temos um cérebro dentro de nossas vísceras!
A ciência contemporânea está começando a alcançar essa antiga sabedoria bíblica sobre a pessoa humana. Os estudiosos da UCLA e da Universidade McMaster têm conduzido experimentos que estão esclarecendo nossos “sentimentos instintivos “. Seus estudos apontam para a maneira como os micróbios em nossos estômagos afetam a atividade neural do cérebro. “Seu cérebro não é apenas outro órgão”, eles relatam. . . afetado pelo que acontece no resto do seu corpo “. Na verdade, a Scientific American relata que existe “uma rede de neurônios frequentemente esquecida que reveste nossas entranhas que é tão extensa que alguns cientistas o apelidaram de “segundo cérebro.[2]
James K.A. Smith, inspirado em Agostinho, aponta que não é a mente racional em si, que nos move, mas sim, os nossos amores, ou em outras palavras, nossos desejos. São esses desejos que nos regem e são essenciais para adotar novos padrões de comportamento.
São as nossas vísceras que nos movem pelo mundo, não o cérebro[3], se entendermos que são nossos desejos que nos movem, fica mais fácil compreender por que alguém continua comendo picanha,mesmo sofrendo com colesterol alto ou continua fumando cigarro tendo um câncer no pulmão, ou qualquer outro tipo de vício. Assim explica Smith:
uma vez que você perceba que não somos apenas “coisas-que-pensam”, mas criaturas de hábitos, você perceberá que a tentação não se trata apenas de más idéias ou decisões erradas; muitas vezes é um fator de deformação e hábitos mal ordenados. Em outras palavras, nossos pecados não são apenas coisas separadas, ações erradas e más decisões; eles refletem vícios.[4]
Agora podemos compreender que nossa luta não é somente contra os pecados em si, ou vícios, mas contra os hábitos, ou aquilo que nos leva a pecar. São esses “gatilhos”, que liberam a passagem para a consumação do hábito. Tiago, irmão de Jesus, já sabia disso:
Ao contrário, cada um é tentado por seus próprios desejos intensos(episthimia), quando este o atrai e seduz. Então o desejo intenso(episthimia), depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. Tiago 1.14-15
Esses desejos podem ser bons ou maus, o que nos resta não é anular os desejos, mas sim, reordená-los. É o abandono de velhos hábitos, por novos, ou em outras palavras, a busca por amores superiores que nos atrairão para si.
A busca por pureza não é sobre a repressão da luxúria, mas sobre a reorientação da vida para um objetivo maior. — Dietrich Bonhoeffer
Assim, entendendo que, não é possível vencer os vícios com apenas uma negação do desejo, pois isso é impossível, o que devemos fazer é usar um desejo superior como bússola, para nos reorientar para um objetivo maior do que o vício, em outras palavras, precisamos de um vício superior — uma virtude, que substitua o velho vício. Um bom exemplo é a jovem que quer perder uns quilos, ela sabe que não é bom para sua saúde, ela já assistiu palestras sobre como a gordura pode levar a um infarto, mas nada disso a move para perder os indesejáveis quilinhos. Mas somente quando uma festa está próxima e ela deseja entrar no vestido, que seu sentido é calibrado para perder peso e ela finalmente se move nesse objetivo.
O Apóstolo Paulo nos ajuda a compreender essa ideia melhor para vencer nossos vícios quando dá um precioso conselho ao jovem Timóteo:
Fuja das paixões da mocidade. Siga a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor.” 2Timóteo. 2.22
Paulo está explicando a Timóteo que não é o bastante fugir das “paixões da mocidade”, mas sim, substituí-las por novos hábitos, é onde entra a busca por “justiça, fé, amor e paz”. E não basta buscar esses hábitos ou virtudes sozinho, mas é necessário “com os que de coração puro, que invocam ao Senhor”. É uma cadeia de ações que nos ajudarão a mudar nossos maus hábitos. A fuga dos vicios é a reorientação de nossa vida para focar em algum objetivo maior, uma obra única que somente nós podemos realizar, como disse Frankl[5], ou o maior de todos os objetivos, descansar nos braços daquele que nosso coração encontra descanso, nas palavras de Agostinho, Deus.
[2] SMITH,James K. A.“You Are What You Love: The Spiritual Power of Habit (English Edition). (Mídia eletrônica)
[3]Idem
[4]Idem
[5] FRANKL, Viktor E. Em Busca de Sentido: Um Psicólogo no Campo de Concentração. Petrópolis: Sinodal, Vozes, 2018.p.133
Thiago Holanda Dantas Teólogo, professor,aprendiz de filósofo,missionário e escritor de blog. Escrevo sobre:TEOLOGIA|FILOSOFIA|POLÍTICA|CULTURA POP|RELACIONAMENTOS
O texto abaixo foi extraído do livro Faça Mais e Melhor, de Tim Challies, lançamento da Editora Fiel.
Conheça seu propósito
Talvez você esteja lendo este livro porque sente que sua vida está caótica e deseja imprimir alguma espécie de ordem nela. Talvez você esteja lendo este livro porque assumiu responsabilidades demais e está em busca de conselhos sobre o que priorizar. Talvez esteja lendo porque está sempre em busca de uma nova dica ou de um novo truque para aumentar sua eficiência um pouco mais. Todas essas razões são boas e, independentemente de quais se apliquem a você, acredito que encontrará algo que possa ajudar.
Mas, antes que seja possível entrarmos nas questões realmente práticas, você e eu temos um pouco de trabalho a fazer. Mesmo que você se sinta tentado a pular este capítulo, peço que resista à tentação. Investir um pouco de tempo e atenção agora o ajudará a construir o fundamento para o que virá depois. Se você pular para os capítulos 5 ou 6, querendo chegar logo às melhores partes, talvez seja uma prova de que aquilo que você procura são soluções imediatistas, e não transformações duradouras.
Então, continue comigo enquanto trabalhamos juntos ao longo deste capítulo.
O fundamento
Ninguém nunca me considerou habilidoso. Consigo lidar com as coisas muito básicas — pendurar fotos na parede ou colocar algumas camadas de tinta na parede —, mas sou completamente dependente do meu sogro ou de pessoas que contrato para fazer qualquer coisa além disso. Quando ouço meus amigos falando sobre colocar fita nas paredes de reboco, sobre mexer nos canos e nos fios ou sobre instalar a porta de entrada, saio de fininho da conversa. Eu tenho consciência das minhas limitações. Nunca examinei o interior das paredes da minha casa, mas sei que, se examinasse, encontraria vigas, colunas e pilares. E, se eu fosse até o porão e removesse a placa de reboco, encontraria alicerces. Esses são os elementos que sustentam e mantêm minha casa de pé. A casa não pode ser mais forte do que esses elementos. O assunto deste capítulo são os fundamentos da produtividade. A produtividade — a verdadeira produtividade — nunca será melhor ou mais firme do que o fundamento sobre o qual é construída. Então, precisamos ter certeza de que estamos construindo sobre um alicerce firme.
Um catecismo da produtividade
Para você compreender a produtividade, é necessário começar a entender a razão de sua existência. Produtividade não é o que dará um propósito à sua vida, mas é o que permitirá que você se sobressaia ao viver seu propósito atual.
Vou guiá-lo na análise de um breve “Catecismo da Produtividade”, uma série de perguntas e respostas. E somente quando você entender essas questões fundamentais sobre o propósito e a missão que recebeu de Deus é que estará pronto para começar a trabalhar. Aqui está a primeira pergunta:
P. 1: Qual foi o propósito último de Deus ao criar você?
R.: Deus me criou para a glória dele.
Essa é a pergunta que todo ser humano se faz em algum momento da vida, não é? Por que estou aqui? Por que estou aqui em vez de não estar? Por que Deus me criou? A Bíblia tem uma resposta: “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Rm 11.36). Todas as coisas existem para a glória de Deus, e isso inclui cada um de nós. Isso inclui você.
Deus o criou para ser glorificado por você e através de você. Essa é uma verdade surpreendente e que gera profunda humildade. Ao compreendê-la e aplicá-la, tudo relacionado à sua vida é transformado. O fato simples é que você não é o centro da própria vida. Você não é a estrela de seu programa. Se você vive para si mesmo, para seu próprio conforto, para sua própria glória e sua própria fama, está ignorando seu verdadeiro propósito. Deus criou você para a glória dele.
P. 2: De que maneira você pode glorificar a Deus em sua vida cotidiana?
R.: Posso glorificar a Deus em minha vida cotidiana praticando boas obras.
Você pode sentir-se confortável com essa ideia de que Deus criou você para a glória dele, mas uma questão ainda permanece: o que, de fato, significa glorificar a Deus? Se você quer glorificar a Deus, precisa desistir do seu emprego e se tornar pastor? Se você quer glorificar a Deus, precisa empacotar tudo que tem e se mudar para o outro lado
do mundo, a fim de servir como missionário nas regiões mais remotas e perigosas do mundo? Você só glorifica a Deus verdadeiramente quando fica de pé na igreja e canta os grandes hinos da fé cristã? Deus somente é honrado por seu intermédio quando você lê sua Bíblia e ora? Ou existe uma maneira de glorificar a Deus durante o dia inteiro, diariamente, na vida cotidiana?
Jesus respondeu a essa pergunta quando disse: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.16). Suas boas obras são como uma luz e, quando essa luz brilha, mostra Deus. Quando as pessoas veem essa luz, não é para que olhem para você e digam: “Ele é incrível!” ou “Ela é impressionante!”. É para que olhem para Deus e digam: “Ele é impressionante!”.
Você não glorifica a Deus somente quando fala sobre ele, quando compartilha o evangelho com outras pessoas ou quando levanta as mãos no culto público. Essas ações são todas boas, mas não são os únicos meios de glorificar a Deus. E estão longe de ser. Você glorifica a Deus quando pratica boas obras. O apóstolo Pedro escreveu: “mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação” (1Pe 2.12). Suas boas obras apresentam a grandeza de Deus ao mundo que observa.
P. 3: O que são boas obras?
R.: Boas obras são as coisas que fazemos para a glória de Deus e pelo bem de nosso próximo.
Você sabe que as boas obras são importantes e que glorificam a Deus. Mas o que são essas boas obras? É alimentar o pobre e adotar órfãos? É dar dinheiro para a igreja, voluntariar-se no banco de alimentos ou visitar os idosos no asilo? Quais são as boas obras que somos chamados a realizar? A Bíblia assegura que as boas obras são todas as coisas que fazemos pelo bem das pessoas e para a glória de Deus.
Você já é muito bom em fazer coisas que beneficiam a si mesmo. Todos nós somos. Desde a infância, você é hábil nos esforços para sobreviver e aumentar o próprio conforto. Mas, quando Deus salvou você, deu-lhe um coração que deseja fazer o bem às pessoas. De repente, você deseja fazer o bem às pessoas, mesmo que isso custe muito caro. Afinal, foi exatamente o que Cristo fez na cruz. Foi o que Cristo fez e você é chamado a imitá-lo.
Boas obras, então, são todas e quaisquer ações que você faz em benefício das pessoas. Se você é mãe e simplesmente abraça e consola seu filho que está chorando, está praticando uma boa obra que glorifica a Deus porque é algo que você faz para beneficiar seu filho. Se você é estudante e se dedica aos estudos, está praticando uma boa obra que glorifica a Deus, pois o que está aprendendo será usado algum dia para beneficiar outras pessoas. Se você trabalha em um ambiente de escritório e tem consideração por seus clientes e colegas de trabalho em sua forma de trabalhar, está praticando boas obras que glorificam a Deus, pois está vivendo fora de si mesmo, fazendo aquilo que beneficia as pessoas em sua vida.
Não há tarefa na vida que não possa ser realizada para a glória de Deus. Mais uma vez, é o que Jesus nos chama a fazer nas palavras simples do Sermão do Monte: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.16).
P. 4: Mas você é um pecador. Então, realmente consegue praticar boas obras?
R.: Sim. Os cristãos são capacitados a praticar boas obras por causa da obra acabada de Jesus.
Como cristão, você tem consciência de seu pecado. Você sabe que suas motivações nunca são perfeitamente puras, que seus desejos nunca são perfeitamente saudáveis, que suas ações nunca são perfeitamente justas. Às vezes, você não sabe quais são suas motivações e, outras vezes, nem quer saber. Se tudo isso é verdade, como suas obras podem ser boas?
Sim, você pode realizar boas obras. Aliás, foi por isso que Deus o salvou: “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10). É simples: Deus salvou você para que pudesse praticar boas obras, glorificando-o através delas. Paulo deixa isso ainda mais claro em sua carta a Tito: “[Cristo] a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras” (Tt 2.14). Cristo entregou a própria vida por você para que tivesse zelo genuíno pelas boas obras. Paulo exorta os cristãos a serem zeladores das boas obras ou extremistas pelas boas obras — a serem absolutamente comprometidos em todos os sentidos com a prática do bem ao próximo.
Anime-se! Você pode verdadeiramente praticar obras que agradam a Deus. Deus verdadeiramente se agrada quando você pratica essas obras, mesmo quando não são praticadas tão perfeitamente ou de maneira tão abnegada quanto você gostaria, ou até mesmo quando você não tem certeza de suas motivações. Embora até mesmo suas melhores obras estejam longe da perfeição, Deus se agrada delas e as aceita com alegria.
P. 5: Em que áreas da vida você deve enfatizar as boas obras?
R.: Devo enfatizar as boas obras em todos os momentos e em todas as áreas da vida.
Se você pode glorificar a Deus em todas as áreas, deve glorificar a Deus em todas as áreas. Não há nenhuma área de sua vida em que você não tenha a capacidade de fazer o bem pelas pessoas ou de glorificar a Deus. Paulo disse: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1Co 10.31). Ele escreveu para Tito: “Fiel é esta palavra, e quero que, no tocante a estas coisas, faças afirmação, confiadamente, para que os que têm crido em Deus sejam solícitos na prática de boas obras. Estas coisas são excelentes e proveitosas aos homens” (Tt 3.8). Para Timóteo, ele escreveu especificamente sobre as mulheres: “Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas)” (1Tm 2.9-10) e, para a igreja da Galácia, ele explicou: “Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé” (Gl 6.10). Pedro chega a dizer que você recebeu de Deus o dom sobrenatural de praticar ainda mais boas obras pelas pessoas.
Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém! (1Pe 4.10-11)
A Bíblia deixa bem claro: em todos os momentos e em todos os lugares, você é capaz de praticar o bem às pessoas, então você deve fazê-lo.
P. 6: O que é a produtividade?
R.: Produtividade é administrar seus dons, talentos, tempo, energia e entusiasmo com eficácia pelo bem das pessoas e para a glória de Deus.
Agora chegamos ao ponto: o que é produtividade? Produtividade é administrar seus dons, talentos, tempo, energia e entusiasmo com eficácia pelo bem das pessoas e para a glória de Deus. A produtividade chama você a dedicar a vida inteira a esse grande objetivo de glorificar a Deus fazendo o bem às pessoas. Esse chamado envolve usar seus dons, os dons espirituais que você recebeu quando o Senhor o salvou; envolve o desenvolvimento de seus talentos, as áreas em que você é naturalmente mais forte; envolve a utilização de seus talentos nas áreas em que você é naturalmente mais forte; envolve a administração de seu tempo, aquele período de 24 horas que Deus lhe dá a cada dia; envolve o uso de sua energia, força ou vitalidade que vai e vem ao longo do dia e da semana; e envolve até mesmo o entusiasmo, a paixão e o interesse que podem fazer parte das obras que você ama praticar. Deus chama você para pegar todas essas coisas e aplicá-las com cuidado, fidelidade e consistência no objetivo maior de fazer o bem às pessoas.
Seu propósito
Espero que esta máxima estabeleça seu propósito: glorificar a Deus ao praticar o bem às pessoas. Não há plano melhor, nem ideal mais sublime. Então, em última análise, esta é a essência da produtividade e, portanto, a essência deste livro: fazer o bem às pessoas.
Você é mãe e dona de casa? Isso é o que determina em que medida é produtiva. Você é um diretor executivo? Isso também é o que determina em que medida é produtivo. Você é professor, fabricante de ferramentas, médico ou motorista? O mesmo se aplica a você. Mesmo quando estamos falando de ferramentas, programas de computador ou sistemas, você precisa lembrar-se do nobre e sublime propósito por trás de tudo: glorificar a Deus, fazendo o bem às pessoas.
Autor: Tim Challies
Tim Challies é o fundador do blog Challies.com, pastor da Grace Fellowship Church em Toronto, Canadá, e autor de Faça Mais e Melhor, publicado pela Editora Fiel.
Com certeza haverá algumas outras excelentes “razões” para ler mais livros mas destacamos as que nos parecem mais interessantes e relevantes. Apenas uma opinião.
Reduz o stress – Se estiver a ler uma excelente livro ou a assistir a um bom filme não terá de se lembrar dos seus “problemas” durante esse tempo.
Conhecimento – Pode aprender ao ler.
Melhora a memória – Quando se está a ler terá que memorizar os personagens, a sua motivação, lugares, etc. Ajuda assim a memorizar mais facilmente as outras coisas na vida.
Mais sobre o que falar – Vai ter mais em comum para falar com outras pessoas.
Melhora a imaginação – Estudos mostram que ler livros de fantasia e de ficção ciêntifica melhoram a imaginação das pessoas.
Habilidades verbais melhor – Quem lê pode expressar-se mais facilmente.
Melhora a habilidade da escrita – A maioria dos escritores famosos leram centenas de livros antes de começar a escrever o seu próprio.
Vocabulário – Durante a leitura poderá adicionar dezenas de palavras ao seu vocabulário.
Entretenimento – Além de todos os efeitos positivos da leitura é também uma grande diversão!
Dia 31 de outubro de 1517 comemoramos aquilo que se tornou a data de aniversário da Reforma Protestante. Nesse dia, Martinho Lutero afixou aquilo que ficou conhecido como as 95 teses contra a venda de indulgências.
Muitas coisas podem ser ditas acerca desse evento que foi tão importante para a Igreja de Cristo. Mas por quê?
História
Há quinhentos anos, um jovem monge alemão saiu de seu monastério e foi caminhando, pelo vilarejo de Wittenberg, até a igreja do castelo. A porta da igreja funcionava como uma espécie de mural público. Ali, o monge afixou um cartaz com 95 declarações – ou teses. Seu nome era Martinho Lutero (1483-546).
As 95 teses representaram um convite para o debate público. Era a versão do século XVI de um blog provocador, convidando para uma discussão na rede.
A provocação foi entre o frade dominicano Johann Tetzel (1465-1519) e o amigo próximo e colega de Lutero, Philip Melanchthon (1497-1560), que descreveu Tetzel como “um bajulador muito audaz”. “Um chato atrevido”, assim poderíamos dizer nos dias de hoje. À época, a maioria das pessoas acreditava em purgatório, um lugar de tormento para onde as pessoas iam depois da morte, a fim de purgar seus pecados antes de sua promoção para o céu. Tetzel vendia indulgências –promessas que vinham do papa no sentido de diminuir o tempo de purgatório. “Assim que a moeda cai no cofre, sobe a alma do purgatório”, esse era o refrão da propaganda. As 95 teses de Lutero protestavam contra essas indulgências e contra a preocupação exagerada da igreja em relação à riqueza. Não foi uma série de declarações especialmente radicais, certamente não para os padrões de pensamento que, mais tarde, Lutero viria a demonstrar.
Elas não indagavam acerca da existência do purgatório, nem sobre o valor limitado das indulgências. Mas atingiram a igreja onde ela se encontrava mais vulnerável: no bolso.
O arcebispo local fez uma queixa ao papa. Mas tal oposição tornou Lutero ainda mais resoluto. Começou a atacar a infalibilidade do papa. Lutero queimou a bula papal que o ameaçava de excomunhão. O imperador Carlos V conclamou uma conferência na cidade de Worms. Os amigos de Lutero o defenderam habilmente, mas o imperador, por fim, chamou Lutero para participar pessoalmente, com a promessa de proteção. Ali estava Lutero, com todo o sistema da igreja a postos contra ele. Lutero, então, disse:
“Pela misericórdia de Deus, peço a vossa Majestade Imperial e vossos Ilustres Senhores, ou a qualquer um que tenha representatividade, que testifiquem e refutem meus erros, contradizendo-os com o Antigo e o Novo Testamentos. Estou pronto, se for melhor instruído, a me retratar de qualquer erro, e serei o primeiro a atirar meus escritos na fogueira.”
E o advogado imperial respondeu em tom de reprovação:
“Tua resposta não vem ao caso. Não deverá haver questionamento das coisas que os Concílios da Igreja já tenham condenado e sobre as quais as decisões já tenham sido tomadas […] Dá-nos uma resposta clara a esta questão: Estás preparado a te retratar ou não?”
Lutero, então, respondeu:
“Vossa Majestade Imperial e os Senhores Lordes exigem uma resposta simples. Aqui está ela, clara e direta. A não ser que, pelas Escrituras, eu esteja convicto do erro […] e que minha consciência esteja cativa pela Palavra de Deus: não posso e não vou me retratar de nada, pois fazer isso contra a nossa consciência não é seguro nem é uma opção para nós. A esse respeito, tomo minha firme posição. Não posso fazer de outra forma. Ajudai-me, Deus. Amém.”
As ideias de Lutero se espalharam por toda a Europa, impulsionadas pela imprensa recém-inventada. Em muitos lugares, essas ideias encontraram ouvintes bem-dispostos. A evidente corrupção da Igreja Católica despertara em muitos o anseio por mudanças, e um renovado interesse pelo antigo conhecimento, associado à Renascença, conduziu a uma redescoberta das Escrituras.
Por que a Reforma ainda é Importante?
O texto acima é a introdução do livro de Michael Reeves e Tim Chester.
A Reforma sempre teve a intenção de ser um projeto contínuo. Neste livro, os autores Michael Reeves e Tim Chester respondem 11 questões vitais levantadas pelos reformadores – questões que permanecem de importância crucial para a vida da igreja e dos cristãos nos dias de hoje. Conheça e adquira aqui o livro
Quem foi Martinho Lutero
O Impacto da Reforma nas Artes, Educação, Literatura e Política
Em seu workshop na Conferência Fiel Pastores e Líderes 2017, o Pastor Franklin Ferreira nos mostra alguns importantes impactos da Reforma Protestante em diferentes esferas sociais.
Antes da Reforma, o mundo era visto como algo mal, do qual deveríamos nos afastar. Após a Reforma Protestante, entendeu-se que o chamado do cristão é para influenciar o presente século, a criação de Deus, com a cosmovisão cristã. Como disse Calvino, “A Criação é o Teatro da Glória de Deus”. O ser humano, agora é libertado para adorar a Deus no mundo.
Entenda melhor essa questão e veja alguns exemplos com o workshop de Franklin Ferreira:
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A edição 2019 do Prêmio de Literatura Areté aconteceu na noite de 1° de agosto, no Salão da Câmara Municipal de São Paulo. A tradicional solenidade promovida pela Associação de Editores Cristãos (Asec) reconhece, enaltece e premia a excelência em literatura cristã do país.
A escolha dos melhores textos e trabalhos é feita através de uma qualificada e criteriosa comissão, a fim de valorizar as produções que se destacam.
A SOLENIDADE
A abertura do evento foi realizada pela Banda da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, que abrilhantou a cerimônia tocando músicas populares nacionais e internacionais, bem como o Hino Nacional.
O evento contou com a presença de diversas personalidades do mundo evangélico. Entre elas, compondo a mesa, estavam: o presidente da Asec, Emílio Fernandes Junior, da Editora Folego; Selmi Susy Aquino, da editora Mundo Cristão; Elton Batista Melo da Editora Batista Independente (EBI); Emerson da Silva, da editora Luz e Vida; Maria Fernanda Vigon, da editora Geográfica; Gilberto Celeti da Aliança Pró Evangelização das Crianças (Apec); Jefferson Freitas da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) e Juan Carlos Martinez, da editora Hagnos.
A palavra de abertura foi dada pela vereadora Patrícia Bezerra, que apoiou e viabilizou a realização do evento na Câmara Municipal de São Paulo. Em sua palavra inicial, Emílio Fernandes, presidente da Asec, frisou a inovação que vem ocorrendo no mercado evangélico ao incluir obras em diversas mídias. Cada vez mais aprimoradas e com alto nível de qualidade. Novas categorias de premiação têm surgido de acordo com a própria evolução do mercado de livros e obras evangélicas.
A personalidade literária do ano de 2019, foi Nelson Vido, da Geográfica Editora, que recebeu homenagem junto da família.
O evento também contou com a presença do Coral masculino “Cantores da Liberdade”, da Igreja Batista da Liberdade, que entoou diversos hinos tradicionais.
O PRÊMIO
Areté, do grego, significa excelência. O Prêmio Areté já contemplou mais de 1000 obras ao longo de seus 25 anos de existência, contando atualmente com 33 categorias de premiação.
RECONHECIMENTO
Nas categorias especiais, avaliados pela equipe da Faculdade de Belas Artes de São Paulo, os vencedores foram:
Capa: Deus no banco dos réus – Editora Thomas Nelson Ilustração: O Jardim, a cortina e a cruz – Sociedade Bíblica do Brasil Projeto gráfico do ano: Sabedoria viva – Editora Hagnos Livro do Ano: Minhas últimas palavras de Billy Graham – Editora Vida
[A Editora Ultimato também esteve em São Paulo para participar e receber o Prêmio Areté 2019]
O Secretário de Esportes, Carlos Alberto Bezerra Junior, deu uma relevante palavra cumprimentando os presentes. Registrou a importância do legado deixado pelos livros divulgados pelas diversas editoras e a relevância desta missão: “O trabalho aqui realizado é pouco reconhecido e apoiado, sendo feito por heróis que se superaram a fim de produzir um legado espiritual que tem alcançado gerações”, declarou.
Ao encerrar seu discurso afirmou que “a legitimidade e a visibilidade merecidas (pelo trabalho dos Editores Cristãos) são dadas aqui, na Casa do Povo (Câmara de Municipal), onde as decisões são tomadas”.
Sobre a ASEC Fundada em 20 de junho de 1988, a Associação de Editores Cristãos (ASEC) é uma organização sem fins lucrativos, que se dedica 100% ao segmento editorial cristão. Nessas três décadas de história, a ASEC tem buscado difundir a importância da literatura cristã na formação dos leitores brasileiros.
Além disso, tem colocado em evidência as iniciativas culturais para a difusão do livro e fomentado e apoiado esse segmento, configurando-se como uma organização que hoje é referência nesse âmbito. Como missão, a ASEC busca servir aos associados, fortalecendo-os e capacitando-os a fim de ampliar o mercado editorial cristão, para que a literatura seja instrumento de transformação da sociedade.
Serviço O que: Prêmio Areté 2019 Quando: 1 de agosto de 2019, às 19h Onde: Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo, Viaduto Jacareí, 100, Bela Vista.
A versão impressa também é a preferida dos pais para lerem a Bíblia para crianças.
Jovem lendo a Bíblia. (Foto: Ben White / Unsplash)
Para entender as diferenças entre os usuários de aplicativos da Bíblia e quem prefere usar a Bíblia impressa, o o pesquisador John Dyer resolveu fazer uma pesquisa e assim entender as diferenças e os hábitos entre os cristãos.
Para realizar este estudo, já publicado na no Journal of Religion, Mídia e Digital Cultura, Dyer alistou participantes de duas mega-igrejas não-denominacionais e uma igreja Batista do Sul na área de Dallas.
Ele pediu aos participantes para lerem o livro de Judas, impresso ou digitalmente, e responderem a algumas perguntas. Depois, pediu que eles participassem de um plano de leitura de dez dias do livro de João, usando o mesmo meio utilizado na aula da igreja.
Dyer conduziu uma avaliação de sua compreensão e perguntou como eles se sentiam após a leitura. As três respostas mais comuns foram “encorajados”, “desencorajados” e “confusos”.
“Os usuários digitais têm quase o dobro de probabilidade de relatar ‘confundidos’ com muitos, indicando que gostariam de ‘ler novamente’ ou ‘estudar mais’”, relatou o pesquisador.
Dyer também reuniu dados sobre os hábitos atuais de leitura da Bíblia dos participantes, pedindo que marquem uma caixa para qual mídia eles preferem usar para diferentes formas de envolvimento da Bíblia. Dois terços dos entrevistados preferiram a versão impressa para leitura longa (66%) e para estudo (65%).
Nos smartphones, os entrevistados disseram usar aplicativos para devocionais (45,3%) ou pesquisas bíblicas (38,7%). Os smartphones também foram o meio mais usado para ouvir a Bíblia em áudio. Os usuários de tablets também costumavam usar suas Bíblias impressas e aplicativos.
Dyer observou um pragmatismo na leitura da Bíblia para a maioria dos participantes. Por exemplo, muitos não trazem uma Bíblia impressa para o trabalho ou para a escola, mas quando leem nesses ambientes, 42,7% usam seu smartphone, 20,7% usam seu computador.
Enquanto estavam na igreja, muitos se sentiram mais confortáveis abrindo suas Bíblias impressas do que um aplicativo.
Ao ler para crianças, as pessoas preferiam ler a Bíblia impressa (42,7%) em vez de usar a Bíblia em app do smartphone (12,7%), provavelmente “porque queriam promover um respeito saudável pela Bíblia”, disse Dyer ao Christianity Today.
“As Bíblias impressas e digitais geralmente são moldadas em oposição umas às outras… mas os dados sugerem que o relacionamento é muito mais complexo”, disse ele. “A leitura da Bíblia hoje é mais uma experiência multimídia, com os leitores usando uma combinação de impressão, tela e áudio, dependendo da forma de envolvimento bíblico que estão realizando”, completou o pesquisador.
Dito isso, suas observações revelam que “(as pessoas) fazem essas escolhas com base na conveniência – muitas vezes pegando a Bíblia mais próxima disponível (NAB) – e desconhecem o efeito que o meio exerce sobre a mensagem e o leitor”.
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